quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Amigos, amigos, presentes, presentes


Quando a gente mora longe dos amigos, fica sempre procurando desculpa e data pra reunir a turma. Amigo oculto de final de ano é uma das melhores dessas desculpas. O problema é exatamente a tal data. Do final de outubro pra frente, é mais fácil vaca tossir (pra citar aquela frasezinha infame) do que conseguir um final de semana em que todo mundo tá livre. Tem festa da empresa, encontro com a família, aniversário de fulano, despedida de cicrano, boas vindas pro beltrano, etc...
A saída que essas amigas aqui encontraram foi usar um dos únicos serviços que funcionam bem no Brasil (imagine, isso não foi uma crítica... tsc tsc tsc): os Correios. Isso mesmo, um amigo oculto via Correios, olha que bacana! A internet, claro, tem seu papel – um site bacaninha faz o sorteio e manda pro seu e-mail o nome do seu amigo oculto. Vejam só o que é a tecnologia, meus caros...
Quando os amigos do amigo oculto em questão já se conhecem há bastante tempo, como é o caso, fica muito bacana, porque todos se conhecem muito bem, o que facilita demais na hora da escolha do presente. Claro que tem gente que tem mais dificuldade pra fazer isso, porque não sabe nem o que quer ganhar, imagine o que dar, né meninas?
Todo mundo já sabe com quem saiu, e agora a gente espera o dia 10 de dezembro pra mandar os presentes escolhidos com tanto carinho. E nenhum atendente dos Correios vai imaginar, quando tiver selando nosso Sedex, o quanto está sendo importante pra aproximar um grupo de amigas que se amam, quase morrem de saudade, mas moram longe demais pra conseguirem se unir pra um amigo oculto de final de ano.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Festchênha


Alguém da turma tem um sítio. Um sabe tocar baixo, o outro toca bateria, um canta, aquele outro toca guitarra. Óh, uma banda! E não se esqueça que tem também DJ. Muita gente querendo uma bagunça e uma desculpa pra se reunir. Pronto: fez-se uma festa de fim de ano.
Foi muito bom. Ótimo sair da rotina do final de semana e ir pra um lugar pra beber, comer cachorro quente (ok, ok, tinha churrasco também... mas eu gostei demais do cachorro quente) e dar muita risada com os amigos. Tinha gente que a gente vê todo dia, gente que a gente nunca viu e até gente que já tá fazendo falta por aqui. A banda recém-formada se apresentou e arrasou, mas cantou só um pouquinho. Podia ter rolado mais umas 50 músicas, mais ou menos. Depois, uma parte da galera dançou até falar chega no mesmo ritmo que comandava o pisca-pisca da luz (sonho de ter uma iluminação de boate).
Hoje o dia foi dedicado às fotos. Quem não foi olha de ladinho, querendo saber o que poderia ter sido tão engraçado. Quem foi olha com medo do que pode ver nas fotos ao mesmo tempo que se diverte, lembrando de tanta bobeira. É. Mais uma festa de fim de ano. Eita, coisa boa!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Domingo de sol


Tem gente que merece passar o domingo em casa assistindo Faustão. Final de semana maravilhoso. Muito sol, muita água, muitas risadas, família reunida, tudo de bom. Domingo em Furnas com sol, não dá: tem que ir pra alguma beira d’água. Foi o que a gente fez. A pele mais que vermelha não me deixa negar (e olhem, estou no auge da minha morenice – graças ao Australian Gold, né prima?). No sábado, uma cachoeira bem gostosa e, por sorte, não tinha muita gente. No domingo, fomos um pouquinho mais longe (bem pouquinho... uns 15km), direto pra Lagoazul. A intenção era ficar por lá, mas descobrimos um passeio de escuna e não resistimos. Foi maravilhoso. Mesmo tendo nascido em Furnas, não me canso de olhar aquela imensidão, aquela água verde, as montanhas... apreciar cada pedacinho da paisagem me faz sentir mais perto de Deus. Nas paradas, ao chegarmos nos principais pontos da rota de duas horas, não dava mesmo pra resistir. Era esperar a escuna desligar os motores e cair logo na água. Acho que 80 metros de profundidade é o bastante pra nós. Entrar embaixo daquela água gelada que caía das pedras é mesmo revigorante. Não há stress que não desapareça... O problema é olhar pra dentro do barco e ver alguns seres completamente deslocados, balançando as cabeças de forma negativa e fazendo comentários indignados ao ver os que pulavam do barco e se 'arriscavam' nas águas. Pular sem colete, então! Nossa Senhora! Era quase uma infâmia. Dava pra rir daquela bobeira, de tão inacreditável que parecia aos nossos olhos. A pessoa vai a um passeio de barco, está diante de um dos lugares mais lindos desse país e não consegue nem colocar o pé na água!? Foi fazer o quê ali, meu filho? O auge foi quando a filha (pelo menos eu acho que era filha) retrucou, nervosinha, enquanto três garotinhas pulavam felizes no lago “ai, que saco! Tão me molhando!”. É... se ali, naquele lugar perfeito, com pessoas animadas, uma energia mais que positiva, aquele calor, a pessoa acha ‘um saco’ umas gotinhas daquela água cristalina, imagino que tem mesmo quem mereça ficar em casa vendo Faustão.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vai lá, então...


Sempre fui uma pessoa de textos. Tenho diários com detalhes até dos dias mais monótonos de anos e anos. Tanto sou dos textos que hoje estou aqui =) Sempre gostei dos textos dos outros, também. Acho que por isso tinha aqueles diários que toda menina deve ter tido, onde as amigas escreviam versinhos decorados, mas que a gente achava o máximo. E é num desses versinhos que tenho pensado muito. Segundo aquelas letras desenhadas com canetas cor-de-rosa perfumadas, “existem pessoas que passam e deixam um pouco de si. Existem pessoas que passam e levam um pouco de nós. Mas existem pessoas que passam em nossas vidas e ficam para sempre”. Coisa de adolescente ou não, é nisso que tenho pensado.
Reencontrei algumas pessoas importantes que não via há tempos; conheci novas pessoas maravilhosas, com as quais tenho aprendido muito e, agora, algumas delas estão indo embora. Em pouco tempo já são duas. Vendo as meninas irem pra outro canto, lutando pelo reconhecimento que certamente merecem, lembro de uma outra menina, que também decidiu que era hora de partir. Essa outra menina era eu, no começo deste ano. A decisão já estava tomada há tempos e, quando chegou a hora, vi o quanto era difícil não estar mais ali. As pessoas que deixamos pra trás, a convivência, tudo. É realmente impossível conter lágrimas, abraços e risadas – tudo misturado. O inevitável “não some” sai da boca de todo mundo. Um recado tão simples, mas que exprime uma vontade tão grande. Não some. A convivência já não será a mesma, as conversas serão mais rápidas e nem vai sobrar tempo pras bobagens de todo dia, responsáveis por momentos inesquecíveis. A amizade certamente continua forte, cheia de vontade de reencontros e cheia de saudade. Mas às vezes o ‘não some’ não chega e some com a pessoa.
Essa menina aqui, que já esteve do outro lado, na euforia da partida, agora tem ficado desse lado de cá. Meu marido sempre dizia “é muito mais difícil pra quem fica” e eu não achava, porque também sofria ao ir embora. Mas agora que já experimentei os dois lados, acho que ele tinha mesmo razão.


Saudade dos amigos que ficaram onde não estou mais.
Boa sorte aos amigos que estão indo (sejá lá pra onde for).
E vamos aproveitar todo o tempo que temos por aqui, amigos queridos.