segunda-feira, 30 de março de 2009

O que dizer sobre casamento?


Nesse fim de semana, um casal de amigos muito queridos se casou. Foi ótimo! Tudo estava maravilhoso! A noiva estava lindíssima, o noivo na maior elegância, os amigos mais queridos estavam reunidos, meu amor fazendo muitas gracinhas e a festa, impecável. Mas o mais importante nem era isso. E eu sei que eles sabem. Eu queria ter escrito para eles algumas coisas sobre o casamento. Ao mesmo tempo que me sinto capaz, me sinto também tão inexperiente que tenho medo de dizer alguma bobeira. E então acabei não escrevendo nada. Mas depois pensei e cheguei à conclusão: mais uma vez, vou falar sobre algo que eu sei, pra não ter perigo de falar bobagens. Pra um casamento funcionar, devem existir muitas coisas, mas, pra mim, as mais importantes são o respeito, o carinho, intimidade, confiança e desejo. Ah! E amor, claro. Esse eu já sei que eles sentem, e muito, um pelo outro. Afinal, foram dez anos de namoro que eu vi crescer, e acompanhei também aquele namorinho de adolescentes virar amor. As outras coisas, pelo que conheço dos dois, também sei que têm. Mas ainda assim vou dizer por que penso que são tão importantes. Depois do amor, que fez com que decidissem querer passar o resto da vida juntos, uma das coisas mais importantes é o respeito. Quando você respeita alguém, respeita não só suas vontades e pensamentos, mas respeita sua individualidade, e isso é essencial para aceitar que aquela pessoa é daquele jeito e pronto. Não vai mudar. E podemos pensar que não queremos que ela mude, mas às vezes nos pegamos tentando faze-lo. Não é estranho? É, mas também é super comum. E quando a gente respeita todo dia, a gente não se surpreende querendo mudar o outro. Outra coisa que precisa ser praticada todo dia é o carinho. Por carinho, quero dizer os beijos, abraços, troca de olhares, encostar no outro, dormir abraçadinho ou de mãos dadas. Quero dizer não sair de casa sem dizer "te amo”, mesmo que seja com um sorriso ou um olhar. Quero dizer fazer o que for fazer pelo outro com o coração aberto, cheio de... carinho! Fazer isso não deixa a rotina “cair na rotina”. Fazer isso mostra pro outro, todo dia, toda hora, o quanto ele é importante pra você. E se existe isso, a intimidade vem naturalmente. E não é só a intimidade do toque. Mas também não quer dizer que um tenha que fazer xixi de porta aberta e o outro solte um belo arroto depois do refrigerante, tá? É a intimidade de poder trocar confidências e saber que não será julgado, ter um ataque de risos do nada ou ainda não ter que explicar o porquê da cara amarrada e saber que o outro entende que não é com ele, é apenas um momento seu. A confiança, como a intimidade, cresce com o tempo. Já vem do relacionamento anterior – o namoro – e continua a crescer todo dia depois do casamento. Não é só confiar em relação à fidelidade. É saber que tem alguém com quem contar, em qualquer situação ou momento, não importa do que precise. E, last but not least, quando falo de desejo, não estou apenas falando do desejo que um sente pelo outro – que, cá entre nós, é também importantíssimo e está diretamente ligado ao carinho e à intimidade – mas do desejo de fazer dar certo. Quando os dois querem mesmo, de verdade, o casamento não tem como dar errado. Porque os dois se respeitam, têm carinho um pelo outro, têm intimidade o suficiente pra tratar de qualquer assunto, confiam no parceiro e no relacionamento. E, além disso, se amam. Então, o que poderia dar errado? Qualquer obstáculo do dia a dia é superado quando se tem tudo isso e, ainda por cima, o desejo de ficar com o outro. A certeza que, ao lado daquela pessoa, a vida é muito mais gostosa. Não tenho autoridade nenhuma pra falar do assunto, eu sei. Mas tudo que falei veio do coração e da (pequena, mas intensa) experiência do meu casamento - que, garanto, é cada dia melhor. Então, meus amigos queridos, desejo a vocês muito respeito, carinho, intimidade, confiança e desejo. Porque tendo tudo isso, não precisa nem desejar felicidade.
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terça-feira, 24 de março de 2009

Adultice

Sábado, em um chá bar, falei com o Yuri “é tão bacana ver nossos amigos se casando, né, amor?” e ele respondeu “se a gente fosse amigo de verdade deles, avisava antes como é o casamento”. E olhou pra mim com aquela carinha fofa de criança que apronta. A gente deu boas risadas – não só depois dessa brincadeirinha dele, mas durante a noite toda. E agora, no final de semana, um outro casal super querido de amigos vai se casar. Eu estou adorando. Não sei, parece que me sinto adulta. Mesmo tendo eu já casado, sinto que o casamento dos meus amigos me lembra que já passou mesmo a época das festas de 15 anos – agora estamos na era das festas de casamento. E é muito gostoso saber que me sinto bem com isso. Claro que adorava as festas de 15 anos das minhas amigas. Passava dias esperando, todo mundo combinava roupa, a aniversariante ficava em dúvida se contratava banda ou DJ – o que, no final, nem fazia tanta diferença pra nós, porque a animação era a mesma. Mas agora, mesmo que continue a contar os dias, ligar pra combinar roupa e ficar ansiosa pra me reunir com os amigos, a sensação é diferente. Uma sensação diferente e que me faz lembrar que agora sou adulta. Coisa que, às vezes, nem as coisas ‘adultas’, como trabalhar e pagar minhas contas, me faz sentir. E eu estou mesmo adorando essa história de ver meus amigos queridos prontos pra falar “SIM” não só pros companheiros, mas também pra essa sensação de vida adulta que, uma hora ou outra, acaba tomando conta de gente.

Obs.: mesmo com a vida adulta existem muitas e muitas coisas do nosso “eu criança/adolescente” que nunca nos abandonam.
Basta ver os três posts anteriores a este pra perceber =)
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segunda-feira, 9 de março de 2009

Backstreet Boys ao vivo no Rio de Janeiro

Foram 8 anos de espera. 8 horas de viagem, 12 horas na fila. Não foi só por isso, mas chorei de Larger than Life a Shape of my Heart.
Pra eles, tudo começou há quase 16 anos. Pra mim, há 13. Suas músicas sempre foram minhas companheiras de qualquer momento, dos mais incríveis aos mais tristes. Desistir de uma festa de 15 anos que todas as minhas amigas tanto queriam não foi nada – era do que eu precisava abrir mão pra garantir a ida àquele show, em 2001. E como valeu a pena! Ao lado da mamis, que me acompanhou naquela noite, a mais gelada do ano em SP, pra dormir na fila e garantir lugar, aquela experiência foi indescritível. E por um bom tempo, achei que não teria outra. Foram muitos anos, alguns discos solo, um membro (tão querido) que saiu da banda. Mas sempre tive aquela esperança, lá no fundo, que eles voltariam ao Brasil. as músicas continuavam grandes companheiras, e com a internet era agora muito mais fácil me sentir “perto” daquelas pessoas que eu nem conheço, mas que são tão presentes na minha vida. Até que, em dezembro, uma notícia mudou tudo isso: sim, eles estavam de volta ao Brasil! A partir dali, não deu pra pensar em outra coisa! A contagem regressiva era diária, e a emoção só crescendo! Comprei meu ingresso! Ufa! A vontade era ir de Pista Vip, claro, mas não tinha jeito. Então pensei comigo: “vou de Pista normal, mas vou ser a primeira, vou ficar na grade!”. Os dias passaram devagar – como sempre acontece pra quem espera – mas 7 de março finalmente chegou. Um dia antes, 6 de março, saí de BH com uma turma incrível – eu não conhecia ninguém, e, mesmo assim, me senti entre amigos no minuto em que entrei no ônibus. Todo mundo com a mesma ansiedade e mesma certeza, a de que estávamos a caminho da realização de um sonho. Chegamos ao Rio, mas nosso destino parecia não chegar! Foi então que vimos o shopping, a fila, o local do show! Sair correndo do ônibus foi quase uma resposta automática. E quando chegamos, quase não acreditei: só 20 pessoas na minha frente! 20 pessoas!!! Além da Pista Vip, somente 20 pessoas à minha frente. Então chegaram as horas mais duras de espera. Muito calor (graças a Deus, segundo as cariocas, demos sorte, porque nos dias anteriores estava muito mais!), muito protetor solar, muita água, muitas idas ao banheiro. Novos amigos, uma amiga querida que eu não via há anos e muitas horas de papo, risadas e muita emoção. A noite se aproximava e a tensão aumentava ainda mais. Não sei como foi possível, mas ficamos ainda mais ansiosos! E éramos os primeiros da fila. Meu Deus! 20h: entramos! Inacreditável! Correr foi mais que instinto. E eu consegui: fiquei na grade! À minha frente, a Pista Vip, sim, mas eu estava tão perto que não podia acreditar! Nunca imaginei que chegaria tão perto. A casa ficou cheia. Fans que esperaram tanto quanto eu – outros nem tanto – mas todos alucinados para que o show começasse logo. 22h. Chegou a hora. As luzes se apagaram e eu não conseguia acreditar. Deu até medo de me decepcionar, tamanha era a minha expectativa. Mas eu sabia que isso não iria acontecer. Seria impossível. A música começou, eles entraram no palco. Entrei em alfa. Aliás, não sei se em alfa, em beta ou em que foi, mas eu estava extasiada. A felicidade era tão grande que instantaneamente se transformou em lágrimas. Muitas lágrimas, soluços. A felicidade era muito grande. Pensei no cansaço da viagem, da fila, da espera. Pensei em todas as vezes que escutei aquelas músicas em casa ou andando pela rua e que agora estava ali, tão perto, e ouvindo aquelas músicas, aquelas vozes - ao vivo. A sensação foi indescritível. Não conseguia parar de chorar, ao mesmo tempo que o Brian não me deixava parar de rir de suas macaquices no palco. Não conseguia parar de cantar junto com eles ao mesmo tempo que queria ficar calada, e que todo mundo ficasse em silêncio, pra que aquelas vozes tão lindas pudessem ser ouvidas assim, tão perto. Eles estavam ainda mais incríveis. Pareciam estar muito mais próximos um do outro, e se mostravam tão à vontade quanto alguém que se apresenta para amigos íntimos – o que tornou cada segundo ainda mais especial. Eles pareceram perceber o quanto aquilo era importante pra cada um que estava ali e ficou nítido o quanto eles também estavam curtindo aquele momento. Foram duas horas de show. Duas horas com as melhores músicas do (meu) mundo, todas interpretadas de maneira sensacional. Duas horas de muita emoção, muito suor, muitas lágrimas, muitos sorrisos e uma sensação que está comigo até agora. Uma sensação que não consigo explicar, só consigo sentir. Acho que deve ser a sensação de sonho realizado. Agora, por mais que eu insista em contar pra todo mundo cada detalhe do que eu vi, sei que vai ser impossível transmitir a grandiosidade daquele momento e o quanto foi especial. Mas o que realmente importa é que está tudo aqui, ainda nos meus olhos, na minha mente e, claro, no meu coração. Ainda vou rir sozinha quando ouvir as músicas e me lembrar daqueles momentos. E, claro, uma lágrima de vez em quando também vai surgir. Pode ser de saudade daquele determinado segundo, mas é mais provável que seja por “lembrar" da felicidade – aquela felicidade que senti na noite de sábado e que estou sentindo ainda. Aquela felicidade que só aparece nos melhores momentos das nossas vidas. Espero que seja verdade (oh, como quero que seja!) aquilo que ouvimos da boca do AJ... “nós vamos voltar”. E espero que não demore tanto como da última vez. Até agora não acredito. Até agora estou sorrindo por dentro. E depois de escrever esse texto enorme, tenho ainda mais certeza: é impossível explicar.














Obs.: eu não levei máquina, porque queria curtir cada segundo do show, mas estou pegando fotos das minhas novas amigas (estas que postei são delas!!!). Meninas, obrigada mais uma vez. Vocês são demais!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Depois de um mês, fotos do show da Alanis em BH




You see everything, you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
There's not anything to which you can't relate
And you're still here
TAVA ÓTIMO. ADOREI. ALANIS ARRASOU!
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quarta-feira, 4 de março de 2009

Só pra você.


Deu tanta vontade de te dizer isso... e eu já digo tantas vezes por dia, de tantas maneiras... mas ainda quero repetir. Não tenho medo que não saiba. Mas tenho medo que, mesmo que por alguns segundos, você se esqueça. Não conheço palavras mais fortes do que estas, por isso são as que uso tão repetidamente. E são exatamente estas palavras que estou prestes a repetir aqui. Pra que você saiba mais uma vez. Eu te amo.


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terça-feira, 3 de março de 2009

Tempo? Pra que, mesmo?


Meu blog tem sido quase um estranho pra mim. Às vezes entro sem nem saber o que poderei ver – quem sabe algum novo post? Mas me lembro que isso não é possível... A correria é tanta aqui no serviço, é tanta coisa, tantos dias que viram madrugadas, tantos finais de semana que se transformam em dia útil, que nem tenho tido tempo pra postar. E agora ainda essa empolgação misturada com alegria e muita ansiedade – sobre isso prometo um post no comecinho da semana que vem! Tendo ou não tempo, esse post tem que sair!
Vamos ver quando consigo entrar aqui com tempo pra pensar em alguma coisa que possa vir a ser um texto... tomara que não demore!