quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Backstreet Boys Cruise - Dia 3

Era um dos dias mais esperados. O dia da Beach Party. O dia de pisar num pedacinho do México. O dia das bebidas e comidas “grátis” e o único dia em que usei biquíni – não era o esperado pra quem faz um cruzeiro, mas foi o que aconteceu! De pé, de biquíni e com a bolsa de praia, fomos pra nossa mesa no Deck9, tomar café da manhã com o Howie ;) Ok, ele estava em outra mesa, mas é que a gente já tinha se acostumado tanto, que parecia que estávamos juntos! Nossa turma fazia parte do Grupo 1, que sairia do navio às 12h45. Nos reunimos no Palladium e, em terra firme entramos em um dos 5 ônibus que nos levariam até o Playa Mia Resort.

O lugar era a tradução da palavra paradisíaco. Uma praia particular lindíssima, com areia fininha, coqueiros e a água mais azul que já vi na vida. Juntamos algumas mesas, ajeitamos nossas bolsas e deixamos algumas japonesas de boca aberta com os nossos biquínis – não, não eram biquínis indecentes... eram biquínis brasileiros! Várias mesas aglomeradas embaixo da tenda denunciavam onde eles ficariam – e logo várias fãs ocupavam o entorno do lugar. Manny, nosso amiguinho-segurança-do-corredor-do-deck7 nos contou por onde eles chegariam, e ficamos de olho. Eles entraram, e eu estava bem perto da escada que os levava até a sacada de uma “casinha” ao lado do palco. AJ, Nick, Howie, famílias, Jen e Justin 1 e 2 subiram as escadas, enquanto eu vi que o Brian deu a volta e, junto com “os agregados”, foi pra um lado um pouquinho afastado da praia. Eles se aconchegaram nas cadeiras de praia, enquanto as crianças foram direto pra água. Eu parei e fiquei conversando com o Drew por alguns minutos, até que decidi pegar minha câmera pra tirar algumas fotos do lugar. Foi com a câmera na mão que olhei pra onde estava minutos atrás e vi que o Brian se aproximava. Fui novamente pra lá, e vi quando ele negou uma foto a uma garota, dizendo que precisava comer alguma coisa, mas voltaria logo. Percebi que uma foto não adiantaria pedir... então, sozinha ao lado dele, eu apenas disse enquanto ele passava “oi, Brian! Tudo bem?”. E ele, que tinha uma tatuagem removível de um coração BSB no pescoço, respondeu “tudo bem” e disse que estava com fome, em meio àquele sorriso enorme que quase nunca sai do seu rosto. Conversei um pouco mais com o Drew e voltei pra junto das meninas, logo abaixo da varanda onde eles estavam – agora, todos eles, inclusive o Brian. Depois de piadinhas, risadas e Nick molhando as fãs com um revólver de água, eles desceram e foram para o palco.De repente, uma surpresa: a Lulli, que não iria na Beach Party.. apareceu! O sorriso enorme no rosto e as mãos tremendo denunciavam algum "backstreet envolvimento" ali. E tinha, claro. Ela ganhou o ingresso. Ela ganhou o ingresso da Lauren e do Nick. Pois é. E ainda foi pro resort no ônibus deles, e subiu naquela varandinha que fez as vezes de área VIP. Era mais um golpe dela, a sorte, que ficava ali, rondando a nossa turma.

Anunciaram diversão – opa! A gente já sabia! – e jogos de praia com as fãs. Escolhidas aleatoriamente pela staff da Rose Tours, algumas fãs subiram no palco pra jogar Twister com os boys. Foi muito engraçado. Como era de se esperar, os comandos do jogo deixaram os competidores em posições inexplicáveis – e, muitass vezes, embaraçosas! – o que rendeu ótimas risadas. Depois do jogo, as fãs desceram do palco e, enquanto AJ e Nick corriam para um mergulho no mar [seguidos por dezenas de fãs!], eu, Fabi, Fran, Karen e Luli ficamos curtindo o som do DJ, enquanto as outras meninas da turma estavam mais perto do palco observando cada movimento do Brian e do Howie. E foi de repente que senti alguém me cutucando. Fiquei surpresa quando vi quem era: Kevin, aquele segurança enorme e mal educado que me negou a pulseirinha VIP na International Luv Party. Olhando pra mim como quem pergunta “que horas são?”, ele disse “quer subir no palco pra jogar com os Backstreet Boys?”. Hummm... que pergunta difícil... que dúvida... NOT! “É claro”, respondi, entregando minha câmera para as meninas e acompanhando o tal Kevin até a lateral do palco. Encontrei garotas de diferentes lugares, todas tão empolgadas quanto eu, e fiquei curiosa... qual seria o jogo? Elas respondiam “limbo! Do the limbo” e eu só conseguia pensar “que raios de limbo vocês estão falando?”. Foi quando uma das meninas me mostrou, com movimentos corporais impossíveis de se confundir, qual seria a brincadeira: dança da cordinha. Cheguei a me arrepender de ter aceitado aquele convite por alguns segundos... Eu? Dança da cordinha? Com os Backstreet Boys? Foi quando vi a Eda e a Ale do meu lado, perguntando o que eu estava fazendo ali. “To na fila! Vou subir no palco pra jogar!”. E a Ale, uma das pessoas mais engraçadas que eu já conheci, respondeu “eu também vou”, enquanto entrava na fila ao meu lado, depois de perceber que ninguém estava olhando. Comecei a rir e pensei “então já que vamos pagar esse mico juntas... eu topo!” Fomos chamadas. Com um pouco de vergonha e muita empolgação, subimos naquele palco improvisado, já dando início à nossa crise de riso enquanto as meninas da turma nos viam ali e acenavam, gritando “Quel! Ale! Minhas amigas! São minhas amigas!”. Brian de um lado, Howie do outro, cada um segurando uma extremidade de um pedaço de pau – ok, acho que “dança da cordinha” poderia ali ser chamada de “dança da varinha” ou coisa do tipo. Enquanto algumas meninas usavam todo o seu gingado e, digamos, “charme” pra passar ali embaixo, Ale e eu ríamos muito. Estávamos nos divertindo. Eu aproveitei pra fazer uma horinha, e trocar mais algumas palavras com eles. Minto. Com ele... desculpa, Howie querido do meu coração... mas eu ficava conversando era com o Brian! Ele conversava, ria, dava conselhos sobre como passar ali embaixo. Ficamos ali nesse passa-não passa por uns bons 10 ou 15 minutos, e depois foi a vez do Brian e do Howie dobrarem os joelhos. O jogo acabou e a Jen nos contou qual seria o premio: um abraço. Um abraço no Brian e um no Howie. Eba! Mais abraços! Enquanto as meninas se jogavam e distribuíam leves braçadas nas outras, querendo chegar mais rápido até eles, eu fiquei rondando, observando, rindo... Até que chegou a minha vez: primeiro abracei o Howie e logo depois, mesmo com os seguranças dizendo que tínhamos que descer do palco, cheguei até o Brian e ganhei dele um abraço, que fez valer qualquer mico que eu poderia ter pago ali em cima daquelas mesas aglomeradas em forma de palco.

Desci junto com a Ale, morrendo de rir, e corremos em direção às nossas amigas, que estavam super felizes, mostrando fotos e filmes que fizeram enquanto estávamos lá em cima. A sorte das brasileiras não tinha fim, e a Gah foi escolhida para o próximo jogo – pelo próprio Nick! Enquanto team AJ e team Nick brincavam de cabo de guerra na beira da praia, eu fui de novo em direção àquela parte mais privada e menos movimentada do lugar, e encontrei Brian, Howie e DJ Lani jogando volley com algumas fãs. Eu sou péssima em praticamente todos os esportes, então nem arrisquei pedir “de fora” naquela partida. Preferi ficar ali batendo papo com o Drew, tirando algumas fotos e observando, sem pensar que nunca na vida poderia imaginar ficar ao lado do Brian enquanto ele fazia um saque. Infelizmente, a hora de ir embora chegou tão rápido quanto aquele por do sol incrível, e tivemos que recolher nossas coisas pra voltar pro porto. A farra dentro do busão deu até dor no maxilar. Era impossível parar de rir! Depois de fazer compras nas lojinhas do porto de Cozumel, voltamos ao navio, prontas pro próximo evento: Shining Star Karaokê Night. Simplesmente sensacional.

Dos nossos acentos na fileira CC vimos fãs cantando junto com os meninos, que dançavam, riam e se divertiam muito. Cada apresentação foi especial e única... e acho que presenciei ali um dos poucos momentos de “realidade” dessa viagem. Não sei explicar como ou porque, mas, em quase todos os momentos, eu não conseguia pensar “meu Deus, o que está acontecendo?”. Eu simplesmente observava, aproveitava, vivia aquilo. Naquela noite, não sei porque, foi diferente. E em alguns momentos eu me vi com lágrimas nos olhos, pensando se era real. Lutando contra o sono que era quase mais forte que eu depois de 3 noites mal dormidas e um dia de muito sol, eu ri, chorei, cantei, dancei e aproveitei cada segundo de uma noite inesquecível.